Procurador reclama de salário de R$ 24 mil e diz viver ‘à base de antidepressivo’

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O procurador Leonardo Azeredo do Santos reclamou do “baixo salário” em áudio divulgado pela Rádio Itatiaia na segunda-feira (9). O detalhe é que seus rendimentos são de “apenas” R$ 24 mil. “Como é que o cara vai viver com R$ 24 mil?”, reclamou ele, durante uma reunião em agosto para discussão do orçamento de 2020 do Ministério Público de Minas Gerais.

Santos pergunta se os salários vão aumentar em 2020, já que, para ele, R$ 24 mil por mês é pouco. “O que de fato nós vamos fazer para melhorar a nossa remuneração? Ou nós vamos ficar quietos?”, questiona, depois do procurador-geral de Justiça de Minas, Antônio Sérgio Tonet, informar que se o Estado assinar o acordo de recuperação fiscal com o governo federal não deve haver reajuste para o MP-MG.

Para o procurador, os rendimentos são insuficientes e o levaram, inclusive, a “viver à base de antidepressivo”. “Estou deixando de gastar R$ 20 mil de cartão de crédito e estou gastando R$ 8 mil. Pra poder viver com os R$ 24 mil. Eu e vários outros já estamos vivendo à base de comprimido, à base de antidepressivo. Estou falando assim com dois comprimidos de sertralina por dia, e ainda estou falando deste jeito. Se não tomasse, ia ser pior do que Ronaldinho. Vamos ficar desse jeito? Nós vamos baixar mais a crista? Nós vamos virar pedintes, quase?”, diz.

De acordo com o Portal da Transparência, mostra que Leonardo recebe um valor bruto de R$ 35.462,22 – com descontos, o valor vai para cerca de R$ 24 mil. De janeiro a julho, no entanto, indenizações e outros rendimentos na folha somam valores que passam dos R$ 20 mil. Em junho, devido a uma indenização e a outras verbas acrescidas, Santos recebeu R$ 50.104,64 líquidos.

O Correio da Bahia procurou o procurador para se manifestar sobre o áudio, sem sucesso. Já o Ministério Público de Minas Gerais, de acordo com a publicação, divulgou nota afirmando que não há nenhum projeto em andamento sobre adoção de benefícios pecuniários para a carreira de procuradores e promotores de Justiça por conta da crise financeira que vive o Estado.

O MP informou, ainda, que vem tomando todas as providências para reduzir gastos, especialmente com folha de pessoal, visando mantê-los dentro do limite legal de 2% da Receita Corrente Líquida.

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