Lava Jato volta a defender Lula no semiaberto sem pagamento de multa
Em nova manifestação à juíza Carolina Lebbos, procuradores da Lava Jato reiteraram a defesa da progressão para o regime semiaberto da pena do ex-presidente Lula. O ex-presidente, no entanto, afirma que só deixará a Superintendência da Polícia Federal com sua inocência reconhecida24 de outubro de 2019, 21:43 h Atualizado em 24 de outubro de 2019, 21:44
Procuradores da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba reiteraram à Vara de execuções Penais a defesa da progressão para o regime semiaberto da pena do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
No documento encaminhado à juíza Carolina Lebbos, os procuradores afirmam que os bens bloqueados do petista cobririam a multa de R$ 4,9 milhões que lhe foi imposta na condenação do caso triplex do Guarujá.
O ex-presidente Lula tem defendido que não aceita a progressão de regime para o semiaberto e que só deixará a Superintendência da Polícia Federal em Curitib, onde está preso há mais de 500 dias, com sua inocência provada.
A manifestação da Lava Jato foi uma resposta a um recurso apresentado pela defesa de Lula. Os advogados do petista argumentavam que o valor dos bens do ex-presidente que estão sob constrição seria ‘mais do que suficiente’ para garantir o pagamento da multa.
Em conversa com jornalistas no último dia 18, após encontrar-se com Lula, o advogado Advogado Cristiano Zanin Martins reiterou a posição do ex-presidente e disse que liminar do Supremo Tribunal Federal garante a Lula a permanência em Curitiba até que seja julgado o pedido de suspeição contra o ex-juiz Sérgio Moro.