Bahia registrou 752 casos suspeitos de sarampo em 16 municípios em 2019
O número de casos confirmados de sarampo em 2019 na Bahia chegou a 48 na segunda semana de dezembro. Porém, o número final pode ser ainda maior. O boletim epidemiológico mais atualizado da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) é do dia 14 de dezembro e indica que, até a data, foram notificados 752 casos “que atendem aos critérios de definição de caso suspeito de sarampo”. Do número total, além dos 48 confirmados (6,4%) e dos 448 que foram descartados (59,6%), outros 256 (34,%) permanecem sob investigação.
Foram confirmados casos de sarampo em 16 municípios da Bahia. Em três deles a Sesab descartou o status de surto ativo após o controle da doença: Cairu, no baixo sul do estado, Jacobina, no centro norte, e Ribeira do Pombal, no semiárido.
A Secretaria de Saúde ressaltou que os outros 13 municípios com surto ativo vêm intensificando ações de controle para interrupção das cadeias epidemiológicas. Para isso, as cidades vêm adotando estratégias de vacinação a depender de cada situação e intensificando a busca ativa de casos novos nas áreas de risco e nas unidades de saúde da rede pública e privada.
As crianças menores de um ano de idade representam a faixa etária de maior risco para o sarampo, porém o maior número de casos (11) está entre 20 a 29 anos de idade. De acordo com a distribuição por sexo, 62% são homens e 33% mulheres.
O sarampo é uma doença infecciosa grave, causada por um vírus, que pode ser fatal. Sua transmissão ocorre quando o doente tosse, fala, espirra ou respira próximo de outras pessoas. A única maneira de evitar o sarampo é através da vacinação. O Ministério da Saúde informa que revisa periodicamente os critérios de indicação da vacina. Para isso leva em conta as características clínicas da doença, idade, ter adoecido por sarampo durante a vida, ocorrência de surtos, além de outros aspectos epidemiológicos.
Em 2018 o Brasil perdeu a certificação de país livre do sarampo, conferido pela Organização Panamericana de Saúde (OPAS), após registrar casos da doença. O certificado havia sido obtido em 2016. Para perdê-lo, é preciso haver transmissão sustentada, ou seja, a ocorrência de um mesmo surto por mais de 12 meses (lembre aqui e aqui).
Ranking das notificações – Quanto aos casos notificados na Bahia, Salvador lidera a lista dos municípios baianos com 234 registros. Ao olhar para o interior, Feira de Santana é a cidade com maior número ao somar 53. Em seguida aparecem Santo Amaro (30), Camaçari (24), Presidente Tancredo Neves (22), Ribeira do Pombal (11), Gandu e Ipiaú (10), Maracás (9), Jacobina (8), Ituberá (7), Camacan (6), Irará (5), Cairu (4), Andorinha (3) e Palmeiras (2).
Ao considerar os casos confirmados, Santo Amaro se destaca com 17 casos, seguida por Gandu com 6. Os demais municípios contabilizam entre um e três casos confirmados.