Prefeito de Barrocas lamenta fechamento do Banco do Brasil na cidade
Jailson Ferreira, prefeito do município de Barrocas, localizado na região Sisaleira, se posicionou nesta quarta-feira (13) contra o fechamento da agência do Banco do Brasil localizada na cidade. A medida faz parte de um plano de reorganização administrativa da instituição financeira, que fechará 361 unidades do banco no primeiro semestre de 2020. O prefeito já enviou ofício a executivos do banco pedindo que o fechamento fosse revisto.
“A gente lamenta. O município tem 20 anos e desses 17 foram com um posto de atendimento do Banco do Brasil. A folha da prefeitura é paga pelo banco, o município tem cerca de 2,5 mil aposentados que recebem o benefício através do banco, Barrocas abriga uma mineradora e está em fase de instalação de uma fábrica de calçados, que deve gerar 420 empregos diretos, além de ser um dos comércios mais fortes da região. Não entendo o critério, pois temos uma movimentação financeira considerável para justificar a manutenção do BB na cidade”, diz Jailson.
Decisão faz parte de plano de reorganização administrativa da instituição financeira |
Segundo o prefeito, o Banco do Brasil é a maior agência bancária de Barrocas e seu fechamento “acarretará um prejuízo incalculável para o município”. Além disso, ele também acrescentou que a agência local sempre prestou um serviço a contento e manteve uma boa parceria com a prefeitura, mas, caso concretize o fechamento, ele será obrigado a buscar o apoio de outras instituições financeiras que possam se instalar na cidade para suprir a demanda da população de forma presencial, uma vez que boa parte dos habitantes vivem na zona rural e não possuem acesso e familiaridade com os meios digitais.
A União dos Municípios da Bahia (UPB), instituição representativa dos prefeitos também emitiu nota de repúdio contra a decisão, clamando que o Governo Federal, o Ministério da Economia e a presidência do Banco do Brasil revisem o ato para a manutenção das agências nos municípios baianos, entendendo a importância institucional e econômica das agências para a vida cotidiana dos municípios.