Máscara de pano sozinha não protege contra variante ômicron da Covid, diz especialista; saiba qual usar

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O alto poder de transmissão da variante ômicron do coronavírus acende o alerta para a necessidade de redobrar os cuidados para prevenção da Covid-19. Além de manter o distanciamento social, o uso da máscara continua sendo essencial, mas utilizar somente aquela de pano não é suficiente para uma boa proteção.

De acordo com Vitor Mori, pesquisador na Universidade de Vermont e membro do Observatório Covid-19 BR, o modelo ideal é a PFF2, ou N95, com o elástico em volta da cabeça.

Para Mori, esta é a melhor máscara por fornecer um bom nível de proteção individual e coletivo quando utilizada corretamente, ou seja, bem vedada ao rosto.

Em seguida, estão as máscaras PFF2 que são presas com elásticos nas orelhas. “O elástico na orelha impede um pouco a máscara de vedar bem o rosto, então pode aparecer um pouco de vazamento”, diz o especialista.

Em terceiro lugar estão as máscaras classificadas como KN95, que também são presas por elásticos na orelha. De acordo com Mori, o ponto negativo delas está no fato de não passarem por processo de certificação, diferentemente das PFF2.

Só depois é que as máscaras de pano surgem na lista – desde que sejam utilizadas juntamente com uma cirúrgica por baixo. Se for para utilizá-las sozinhas, prefira as cirúrgicas. As de tecido ficam em último lugar no ranking da proteção.

O especialista destaca que as máscaras de pano vão se desgastando com o uso e com as lavagens, ficando mais frouxas no rosto e, com isso, deixando de oferecer a proteção necessária.

Mori destaca que é possível encontrar uma máscara PFF2 até mesmo por menos de R$ 2, dependendo do modelo e do local, e que elas podem ser usadas inúmeras vezes.

“Você pode ter um conjunto de três máscaras e fazer um rodízio. Então, no final do mês, nem vai sair mais caro do que uma máscara de pano”, afirma.

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