Vexame do Vasco na Copa do Brasil reflete um futebol pobre e inoperante
Felipe Melo
Vexame! Esta é a palavra que resume a eliminação do Vasco para a Juazeirense, nos pênaltis, no Adauto Moraes. Sem conseguir se impor, o Cruz-Maltino pouco produziu ou incomodou o adversário e apresentou um futebol pobre diante de uma equipe que luta contra o rebaixamento no Campeonato Baiano. Um revés que reflete o que tem sido as últimas atuações da equipe na temporada.
© Gabriel Pec era a única válvula de escape do Vasco na eliminação para a Juazeirense (Foto: Rafael Ri… Gabriel Pec era a única válvula de escape do Vasco na eliminação para a Juazeirense (Foto: Rafael Ribeiro / Vasco)
Desde o primeiro minuto, o Vasco teve muita dificuldade para ser criativo, se impor sobre o adversário e construir o resultado. Mesmo com espaço, o time não soube ser letal e resolver o jogo sem sustos. No início, em um dos poucos lances de lucidez da equipe, Nene fez um lançamento preciso para Gabriel Pec. O atacante cruzou na cabeça de Bruno Nazário, que abriu o placar.
O meio de campo dos cariocas não apresentava uma construção rápida e criativa e dependia apenas de Nene ou da bola longa para as arrancadas de Pec. As principais chances do Vasco no jogo surgiram apenas de jogadas individuais e esporádicas. Não houve qualquer boa triangulação ou trama coletiva, sendo previsível e inoperante.
Antes do empate dos baianos, os visitantes tiveram a chance de ampliar, mas a cabeçada de Anderson Conceição foi para fora. Em outro momento, Weverton recebeu de Bruno Nazário e chutou forte para uma boa defesa de Rodrigo Calaça. Fora isso, a Juazeirense teve mais finalizações no primeiro tempo e um futebol mais coletivo.
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Na volta do intervalo, nada mudou. A Juazeirense voltou a incomodar e por pouco não virou. Nildo cobrou falta em direção ao gol, Eduardo desviou, e Thiago Rodrigues salvou. Diante da pressão inicial, Zé Ricardo colocou Yuri Lara em campo. O volante deu mais segurança e se destacou nos desarmes e na cobertura.
Na frente, o técnico fez novas mexidas e entraram Figueiredo e Getúlio. Os atacante tentaram progredir na força, pela ponta, mas não conseguiram render em um time desorganizado. As dificuldades vão além da carência do elenco, visto que o adversário era menos qualificado, mas foi superior coletivamente. Zé Ricardo ainda teve tempo de colocar Luiz Henrique, mas o time não teve uma grande chance de vencer.
A realidade é que a Juazeirense esteve mais próxima da vitória no tempo normal. Nos pênaltis, Nene desperdiçou mais uma cobrança decisiva desde que retornou ao clube e Anderson Conceição também parou no goleiro Rodrigo Calaça. Um vexame que escancara velhos problemas a um mês da estreia na Série B.
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