Bolsonarista que convoca atiradores para assassinar Lula é preso em ato
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e cumprida pela Polícia Federal. A suspeita é de que ele seja um dos financiadores dos atos antidemocráticos na capital federal.
Por Redação, com CartaCapital – de Brasília
O empresário bolsonarista Milton Baldin, que convocou atiradores para impedirem a posse de Lula no dia 1º de janeiro, foi preso na noite de terça-feira quando participava de um ato golpista em Brasília.O empresário bolsonarista Milton Baldin© Fornecido por Correio do Brasil
A ordem de prisão foi expedida pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e cumprida pela Polícia Federal. A suspeita é de que ele seja um dos financiadores dos atos antidemocráticos na capital federal. Ele estava em frente ao quartel do Exército quando foi detido e levado para prestar depoimento
Baldin é do Mato Grosso, mas está em Brasília há várias semanas liderando protestos que tentam impedir que o presidente eleito Lula tome posse. Ele e seus aliados se acumulam em frente ao quartel e pedem que as Forças Armadas promovam um golpe no país.
CACs, caçadores, atiradores e colecionadores
No dia 26 ele convocou CACs, caçadores, atiradores e colecionadores, para participarem de um protesto durante a posse do petista. Na mensagem gravada em vídeo, Baldin pede ainda que empresas mandem os seus caminhoneiros para os atos golpistas.
– Gostaria de pedir ao agronegócio, a todos empresários, que deem férias aos caminhoneiros e mandem os caminhoneiros vir para Brasília – diz Baldin no vídeo. “São só 15 dias, não vai fazer diferença”.
Na mesma publicação o bolsonarista pede a presença dos armados na capital. “Também queria pedir aos CACs, que têm armas legais…hoje nós somos, inclusive eu, 900 mil atiradores… venham aqui mostrar presença.”
A mensagem foi lida como uma ameaça à integridade física do presidente eleito. A segurança no dia da posse é, inclusive, uma preocupação e tem exigido um elaborado plano que envolve 700 policiais federais, um esquadrão antibomba, agentes à paisana e equipamentos que neutralizam o sinal de drones e impedem sobrevoos na área do evento.