Mudança de nome do Hospital Espanhol causa polêmica 

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A mudança do nome do Hospital Espanhol para Hospital Dois de Julho, em Salvador, está causando polêmica nos bastidores da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). A oposição e integrantes da colônia espanhola argumentam que já existe um Hospital Dois de Julho no bairro de São Marcos. 

A mudança de fachada aconteceu no dia 2, e o governador Jerônimo acatou projeto de indicação de Robinson Almeida (PT), antes mesmo dele ser aprovado na Assembleia Legislativa da Bahia.  A unidade, que foi referência no atendimento à Covid-19 durante a pandemia, mudou de perfil no início deste mês e segue funcionando normalmente. 

O deputado Robinson Almeida, autor do requerimento de mudança do nome do hospital, justificou a proposta. “A mudança do nome do hospital não significa nenhum desmerecimento à comunidade espanhola na Bahia. Todos nós somos gratos aos serviços privados prestados pelo então hospital espanhol durante décadas. Infelizmente, o equipamento não teve solução de continuidade e fechou no início desse século”, disse o parlamentar à Tribuna. 

“Depois de comprado o prédio pelo governo da Bahia, o hospital se tornou 100% SUS, público e gratuito, inaugurando uma nova era. Para marcar esse novo momento, propus, por meio de indicação parlamentar, aceita pelo governo, e a unidade passou a se chamar Hospital Estadual 2 de Julho. Uma homenagem ao bicentenário da independência do Brasil na Bahia, comemorado nesse ano”, emendou o deputado. 

A oposição, contudo, discorda. “O Hospital 2 de Julho já existe há cerca de 20 anos. É um hospital que fica ali em São Marcos, era um anexo do Hospital São Rafael, depois foi para o IBDAH e é da propriedade do Dr. Vicente”, disse o líder da oposição. “Não entendo como o governo do estado não consegue fazer o dever de casa simples”, disparou Alan Sanches em entrevista ao programa Radar BNews nesta semana. 

O hospital está passando por obras de manutenção e seus 246 leitos, sendo 70 de UTI, estão progressivamente sendo colocados à disposição dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS), acolhendo pacientes com perfil de clínica médica adulto e pediátrica, que correspondem a maior demanda de solicitações feitas à Central Estadual de Regulação. 

Tribuna da Bahia

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