IBGE inicia coleta de dados para pesquisa de saúde da população

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou, nesta semana, a coleta de informações para a Pesquisa Nacional de Demografia e Saúde (PNDS) 2023. Nos próximos meses, serão visitados 133 mil domicílios, em mais de 2.500 municípios em todo o país. Esta será a primeira vez que o instituto vai perguntar tanto a orientação sexual quanto a identidade de gênero dos brasileiros. Os resultados estão previstos para o último trimestre de 2024.

A PNDS 2023 é realizada em parceria com a Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS) do Ministério da Saúde. A pesquisa reúne informações sobre avaliação do estado de saúde e satisfação com o atendimento no serviço de saúde; situações da vida familiar, como uniões, planejamento reprodutivo, filhos, realização de pré-natal, conhecimento e uso de métodos contraceptivos, entre outros; saúde e nutrição das crianças de até cinco anos; e questões da vida individual de homens e mulheres. As informações são da Agência Brasil.

Esta será a primeira vez que os entrevistados responderão com qual gênero se identificam: mulher, mulher trans, homem, homem trans, travesti ou não binário. Além disso, haverá um campo “outro”, no qual poderão especificar um gênero que não conste entre as opções. Poderão também optar por não responder à questão.

Já a coleta de orientação sexual foi aprimorada em relação a feita em 2019, no âmbito da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS). Na época, os respondentes podiam se identificar como heterossexuais, homossexuais ou bissexuais. Agora, serão dadas as opções: lésbica, gay, heterossexual, bissexual, outro, não sabe ou não quis responder.

Os resultados dessa questão do PNS foram divulgados em 2022. Os dados mostraram que 94,8% da população adulta identificam-se como heterossexuais, ou seja, têm atração sexual ou afetiva por pessoas do sexo oposto; 1,2%, ou 1,8 milhão, declara-se homossexual, tem atração por pessoas do mesmo sexo ou gênero; e, 0,7%, ou 1,1 milhão, declara-se bissexual, tem atração por mais de um gênero ou sexo binário.

“A gente demorou a divulgar os resultados porque a gente achou que o resultado parecia subestimado em relação a pessoas que tinha se auto identificado como homossexual ou bissexual. A gente tinha entendido que a gente tinha tido algum problema de captação. Então, da divulgação para cá, a gente passou a estudar o tema”, diz a diretora-adjunta da Diretoria de Pesquisas do IBGE, Maria Lucia Vieira.

Por Agência Brasil

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