A primeira vítima do novo coronavírus na Bahia fez uso de cloroquina durante cinco dias antes da morte, confirmada neste domingo (29). O homem de 74 anos ficou internado durante 12 dias no Hospital da Bahia. A informação do tratamento foi confirmada ao Estado pela Secretaria de Saúde local.
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A cloroquina ainda está em fase inicial de estudo. O Ministério da Saúde informou que se trata de medicamento auxiliar a ser dado apenas a pacientes em estado grave da doença. Médicos e especialistas afirmam que não existem evidências científicas de que o medicamento seja eficaz contra o novo coronavírus.
Embora as pesquisas laboratoriais tenham mostrado bons resultados, ainda existem pelo menos outras três etapas: testes em camundongos, estudos em animais não roedores, como cães e macacos e, finalmente, estudos em humanos. Os testes em humanos se dividem em outras etapas até se descobrir o nível de toxicidade do remédio, interação com outros medicamentos e efeitos colaterais.
O medicamento gerou polêmica depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, defendeu a liberação do remédio pelos órgãos de saúde pública e após o presidente Jair Bolsonaro anunciar que o laboratório do Exército passaria a produzir o medicamento no Brasil. Superintendente-executivo do Hospital da Bahia, o médico Marcelo Zollinger não retornou os pedidos de esclarecimentos do uso do medicamento do Estado.
Doze dias de internação
No dia 13, o homem de 74 anos havia procurado assistência hospitalar onde foi diagnosticado com quadro clínico leve. Ele fez o teste para covid-19 e foi encaminhado para casa. Quatro dias depois, ele deu entrada no setor de emergência do Hospital da Bahia com insuficiência respiratória severa.
O diagnóstico positivo para novo coronavírus saiu quando a vítima já estava na unidade. Ele passou os 12 dias de internação na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Apresentou instabilidade hemodinâmica durante todo período de internação e teve necessidade de diálise, por falência renal. Oficialmente, a Bahia possui 127 casos da doença até o momento. O primeiro caso foi registrado no dia 6 de março, em Feira de Santana.