Com 365 procedimentos realizados durante o ano de 2019, o Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial do Hospital Geral do Estado (HGE) obteve o primeiro lugar no país em número de cirurgias da face. No total, 462 unidades hospitalares públicas ofertaram esse tipo procedimento. Em 2020, somente no primeiro semestre, o serviço já registra um total de 307 cirurgias realizadas.
O secretário da Saúde do Estado, Fábio Vilas-Boas, destaca a relevância do feito. “Estamos investindo na média e alta complexidade em toda a Bahia e este é o compromisso do governador Rui Costa, que tem garantido as melhores condições possíveis de infraestrutura para que médicos e demais profissionais de saúde realizem o melhor pela população baiana”, afirma o secretário.
Sob coordenação do cirurgião Samário Maranhão, o serviço possui uma equipe formada por sete cirurgiões bucomaxilo, além de residentes e internos, e realiza em média entre 13 e 15 cirurgias por semana, inclusive de pacientes encaminhados, via regulação, de municípios do interior do estado. O vice-coordenador do serviço, Ravy Carvalho, destaca que o atendimento ocorre durante toda a semana, 24 horas por dia.
Satisfeito com os resultados obtidos pelo Serviço de Cirurgia Bucomaxilofacial, o diretor-geral do HGE, o médico André Luciano Santana, ressalta o alto nível da equipe responsável pelo serviço e lembra que os resultados são possíveis em função do empenho da direção do hospital, que investe na aquisição constante de órteses e próteses necessárias, em alguns casos, às cirurgias.
Os pacientes que dão entrada na emergência do HGE e necessitam de cirurgia bucomaxilofacial recebem os primeiros atendimentos e, dentro das primeiras 48 a 72 horas, são submetidos à cirurgia. Cerca de 90% dos pacientes recebem alta 48 horas após o procedimento cirúrgico e são acompanhados, em ambulatório, uma vez por semana, até a alta definitiva, que ocorre entre 3 a 6 meses após a cirurgia.
Causas
De acordo com Samário Maranhão, a maior parte dos pacientes submetidos à cirurgia bucomaxilofacial são vítimas de acidentes de veículos, incluindo motocicletas, seguidos de agressão física e acidentes por arma de fogo. “No caso de acidentes com motos, são atendidos pelo menos 8 casos por semana, a grande maioria vindos do interior”, revela o cirurgião, acrescentando que esses tipos de traumas, além de causar comprometimentos estéticos, podem causar também problemas de saúde, como dificuldade de respirar, mastigar, enxergar, dentre outros.
Histórico
A assistência a esse tipo de trauma foi iniciado em 2008, na emergência da unidade, onde eram feitos apenas os primeiros procedimentos. Em seguida, os pacientes eram encaminhados para outras unidades, a fim de serem submetidos às cirurgias necessárias. A partir do ano seguinte – 2009 -, com a realização de concurso público e o preenchimento de vagas para a especialidade na rede pública estadual, o serviço foi estruturado e hoje alcança reconhecimento a nível nacional.
HGE
O Hospital Geral do Estado, que completou 30 aos de funcionamento, substituiu o antigo Hospital Getúlio Vargas (Pronto Socorro), que atendia toda a população, criando-se assim a cultura de se buscar a unidade para qualquer tipo de demanda. Em 2016, foi inaugurado o HGE 2, duplicando a capacidade de atendimento da unidade. A partir do último mês de março, o hospital passou a operar apenas como centro de referência estadual para casos de trauma.
Segundo o diretor-geral do HGE, desde então, o atendimento a pacientes de trauma está ocorrendo de modo mais célere, os pacientes estão sendo operados mais precocemente e, consequentemente, a alta hospitalar tem sido agilizada. “Com isso, conseguimos fazer o que chamamos de giro de leitos e atender todos os pacientes”, completa.
O complexo (HGE 1 e 2) é atualmente o maior hospital especializado em trauma do Estado. São 60 leitos de UTI geral, oito pediátrica, quatro na unidade de queimados, e um novo centro cirúrgico com dez salas de cirurgia. Mais de 20 especialidades ficam de plantão 24 horas para atender trauma.
Fonte: Ascom/Sesab