Em um novo pacote de mensagens vazadas, obtidas pela operação Spoofing, procuradores discutem a necessidade de “atingir Lula na cabeça” para “vencermos as batalhas já abertas” pela Operação Lava Jato. Com isso, a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva protocolou, nesta sexta-feira, 12, uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF).
A troca de mensagens ocorreu no dia 5 de março de 2016, um dia depois de Lula ser conduzido coercitivamente para depor na Polícia Federal (PF). Nos diálogos, obtidos pela Operação Spoofing de um hacker que invadiu celulares de autoridades, os procuradores falam, ainda, que, se tentassem “atingir ministros do STF” naquele momento, poderiam comprar brigas “com todos ao mesmo tempo”.
As mensagens são da procuradora Carolina Rezende, que integrava a equipe do então procurador-geral da República Rodrigo Janot. A defesa do ex-presidente afirma, ainda, baseada nos diálogos, que a Lava Jato atuava não apenas com o objetivo de devassar e produzir qualquer coisa contra Lula, como ainda escondia provas de sua inocência.