O governador da Bahia, Rui Costa, disse na manhã desta segunda-feira (24), que não vai fechar as fábricas que produzem cerveja no estado, mas não garantiu o mesmo para bares que registram aglomerações.
“Não há hipótese de fechar nenhuma cervejaria. O que eu quero é não fechar nada, mas para isso eu preciso da ajuda de todo mundo”, disse Rui Costa.
“Então, eu preciso, inclusive, da ajuda de donos de bares e restaurantes. Eu tenho recebido dezenas de imagens e aqui para nós, o segmento não está ajudando, porque infelizmente não está respeitando os decretos municipais que definem limite de ocupação, que definem o padrão de afastamento social”, ressaltou o governador da Bahia.
A declaração foi feita após o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, dizer que o governo estadual pode decretar medidas ainda mais rigorosas caso o número de pessoas que precisem de leitos de Unidade Terapia Intensiva (UTI) siga em crescimento nesta semana.
Fábio Vilas-Boas afirmou que “vai chegar o momento de que nós teremos que proibir a comercialização de bebidas, chegará o dia que nós teremos que fechar fábricas de cerveja na Bahia”.
Nas redes sociais, após a participação no Jornal da Manhã, programa da TV Bahia, o secretário afirmou que não sugeriu o fechamento das fábricas de cerveja e que o comentário dele foi um “mero exercício de retórica”, porque 2020 foi o ano que mais vendeu cerveja e o papel do álcool nas aglomerações.
Rui Costa também falou que tem recebido imagens de muitos bares lotados em todos os municípios da Bahia e que os fatos são responsáveis pelo aumento dos casos de pacientes com Covid-19 no estado.
“As imagens que eu estou recebendo da Bahia inteira, eu estou passando tudo para a Polícia Militar, são de bares lotados, com gente esperando em pé, dentro e fora dos bares, com música e agitação. Por isso que os números estão crescendo naturalmente”, disse o governador da Bahia.
“O que estamos fazendo ao reduzir o toque de recolher é fazendo um alerta, que se todos não colaborarem, infelizmente os justos terão, mais cedo ou mais tarde, pagando pelos pecadores”, concluiu.
Segundo o G1, a produção da TV Bahia entrou em contato com a Associação de Bares e Restaurantes, mas não conseguiu posicionamento sobre as críticas do governador até a publicação desta reportagem.