A fala do ministro Marcelo Queiroga (Saúde) na terça-feira (7), que disse que é “melhor perder a vida do que perder a liberdade”, foi criticada até por aliados do centrão – dentro do governo na cúpula da Câmara dos Deputados. Auxiliares políticos de Jair Bolsonaro (PL) ouvidos pelo blog da jornalista Andréia Sadi avaliam que a fala foi “exagerada”, mas teve destino certo: conquistar votos da base negacionista do presidente. Queiroga quer ser candidato em 2022. Integrantes do governo afirmam que houve uma reunião com Bolsonaro para definir o conteúdo da coletiva ontem, mas dizem que não houve pedido do presidente para fazer qualquer discurso ideológico. Portanto, a declaração de Queiroga – que é médico – foi uma iniciativa dele, o que surpreendeu até quem participou das conversas de ontem no Palácio do Planalto. O blog apurou que, além do núcleo político dentro do governo, parlamentares do centrão – que avalizaram a indicação de Queiroga para a Saúde – procuraram interlocutores de Bolsonaro para criticar a fala do ministro.