O presidente Jair Bolsonaro (PL) está de férias em Santa Catarina neste final de ano. Enquanto isso, uma série de chuvas alagou várias cidades da Bahia – mais de 470 mil pessoas foram afetadas e pelo menos 20 morreram até agora. A ausência de Bolsonaro no estado gerou uma série de críticas. O presidente veio à Bahia no início do mês, quando as primeiras chuvas aconteciam. Uma hashtag criticando a postura do presidente chegou aos assuntos mais comentados do Twitter (#BolsonaroVagabundo). Foram mais de 40 mil publicações usando a tag.
Usuários compartilharam fotos de Bolsonaro pescando lado a lado com imagens do desastre na Bahia. “Vai passar férias em Santa Catarina e nossa Bahia com mais de 430 mil pessoas atingidas pela chuva. Cadeia!”, postou um internauta. “A Bahia debaixo d’água enquanto o presidente tira folga, fingindo que o povo não existe. Lembrem-se disso em 2022”, escreveu outro.
Opositores políticos não pouparam Bolsonaro. Líder da minoria na Câmara, o deputado Marcelo Freixo (PSB-RJ) comentou o assunto. “O retrato de um país sem governo. Enquanto brasileiros morrem e perdem suas casas na Bahia, o presidente da República curte as férias em Santa Catarina como se nada estivesse acontecendo”, escreveu Freixo.
O presidente do Cidadania, Roberto Freire, chamou Bolsonaro de “marginal”. “Jair Bolsonaro, como presidente da República, deveria estar liderando o socorro às famílias atingidas pelas enchentes na Bahia, mas está por aí, de férias, andando de Jet Ski. Encontrou tempo, entre uma folga e outra, pra tuitar sobre… armas. Em pleno Natal. O cara é um marginal”, compartilhou.
Bolsonaro anunciou uma medida provisória que destina R$ 200 milhões para o Ministério da Infraestrutura – o recurso deve ser usado para reconstrução de rodovias danificadas pela chuvas na Bahia e outros estados.
Ministros de governo como Damares Alves (da Família), Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Marcelo Queiroga (Saúde) viajaram para o estado.