O sem-teto Givaldo Alves de Souza, de 48 anos, reafirmou em entrevista ao Portal Metrópoles que a relação com Sandra Fernandes, no último dia 9, em Planaltina (DF), foi consensual e que ele foi convidado por ela para entrar no veículo. O homem acabou sendo agredido pelo personal trainer Eduardo Alves, de 31 anos, que afirma ter pensado que a esposa estava sendo vítima de um estupro.
Conforme Givaldo, a mulher teria insistido para que ele entrasse no carro mesmo após ter afirmado que não “tinha tomado banho”. “Eu andava pela rua e ouvi um grito: ‘Moço, moço’. Olhei para trás e só tinha eu. E ela confirmou comigo dizendo: ‘Quer namorar comigo?’. ‘Moça, eu não tenho dinheiro, sou morador de rua. Não tenho dinheiro nem para te levar ao hotel’. Então, ela disse: ‘Pode ser no meu carro’”, contou.
Ainda na entrevista, o homem rebateu as acusações sobre o crime de estupro. “Deus me colocou em um lugar cercado por câmeras que comprovam não ter havido nada disso [estupro]. Se fosse outro morador de rua, possivelmente já estaria preso”, disse ao Metrópoles .
Sobre as agressões sofridas, Givaldo conta que reagiu. “Nós trocamos socos”. O sem-teto também explicou que achou que estava sendo vítima de uma retaliação após testemunhar um motorista em um carro arrastando propositalmente uma mulher na região, alguns dias antes.
Ele afirmou que só tomou conhecimento de que a mulher era casada quando recebia atendimento médico no hospital. Givaldo sofreu um edema no olho e ficou com a costela quebrada. “Não me arrependo”, afirmou ao ser questionado sobre toda a situação.
Ainda segundo o sem-teto, ele já foi casado e tem uma filha de 28 anos. Baiano, Givaldo afirma que passou pelo Tocantins, Minas Gerais e Goiás até chegar a Brasília. Ele disse ainda que alterna a rotina nas ruas entre abrigos públicos e casas de passagens.