O preço do diesel voltou a subir nesta semana e marcou um novo recorde nos postos de combustíveis do país, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados na sexta-feira (20).
O balanço mostrou que o preço do litro do diesel subiu 1,4%, para R$ 6,943. Trata-se do maior valor nominal pago pelos consumidores desde que a ANP passou a fazer levantamento semanal de preços, em 2004.
Até então, o maior preço do combustível apurado pela agência foi no levantamento anterior (R$ 6,847), que contemplou o período de 8 a 14 de maio.
Na semana passada, a Petrobras anunciou um novo aumento do o preço do diesel para as distribuidoras. O preço médio do litro vai passou de R$ 4,51 para R$ 4,91, uma alta de 8,87%.
Dias depois, o presidente Jair Bolsonaro (PL) trocou o comando do Ministério de Minas e Energia. Bento Albuquerque foi exonerado, a pedido, e Adolfo Sachsida foi nomeado como titular da pasta.
Já o preço médio do litro da gasolina recuou 0,3%, para R$ 7,275, neste semana, depois de subir por cinco semanas seguidas.
Por fim, o valor do etanol teve queda de 1,9%, para 5,224 o litro.
Disparada dos preços
A disparada dos preços dos combustíveis ocorre em meio à forte alta nos preços internacionais do petróleo após a Rússia ter invadido a Ucrânia, impactados pela oferta limitada frente a demanda mundial por energia.
Desde 2016, a Petrobras adotou o chamado PPI (Preço de Paridade de Importação), após anos praticando preços controlados, sobretudo no governo Dilma Rousseff. O controle de preços era uma forma de mitigar a inflação, mas causou grandes prejuízos à petroleira.
Pela política de preços atual, os preços cobrados nas refinarias se orientam pelas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional e do câmbio.