O Ministério da Saúde divulgou um comunicado em que alerta sobre o aumento no número de queimaduras neste mês devido às festas juninas. A pasta afirma que o risco é elevado durante as celebrações por conta de líquidos quentes, chamas de fogueiras e fogos de artifício. No documento, são orientadas formas de prevenção, cuidados e primeiros socorros.
“Entre janeiro e abril deste ano, já foram registrados 3.540 procedimentos hospitalares e 32.631 procedimentos ambulatoriais em decorrência de queimaduras no Brasil. Nessa época de junho, é comum haver aumento de casos”, diz o comunicado.
Segundo estimativas do ministério, por ano, são mais de 100 mil vítimas de acidentes por queimaduras no Brasil, com as crianças sendo cerca de 40% dos casos em ambientes domésticos. Em situações mais graves, o acidente envolvendo altas temperaturas pode levar inclusive ao óbito.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), são aproximadamente 180 mil mortes a cada ano em decorrência de queimaduras. Além disso, trata-se da quinta causa mais comum no mundo de lesões não fatais na infância, que podem provocar quadros graves de hospitalização, desfiguração e sequelas como cicatrizes.
Durante as festas, o Ministério da Saúde destaca medidas que podem evitar acidentes com as altas temperaturas. São elas: ter uma atenção redobrada ao manipular bebidas e comidas quentes; evitar brincadeiras próximas a fogueiras (até mesmo devido a problemas consequentes da inalação da fumaça) e não utilizar produtos inflamáveis, como álcool 70%, perto do fogo ou de crianças.
Além disso, a pasta ressalta a importância de se manter o palito de fósforo longe do rosto ao acendê-lo, para que a chama não alcance o cabelo ou a sobrancelha.
Em casos de queimaduras leves, o comunicado explica que a primeira medida deve ser colocar a área atingida debaixo de água corrente fria, como numa torneira, com o jato não muito forte durante dez minutos. Também são indicadas compressas úmidas e geladas para aplicação no local.
O ministério reforça que é importante não tocar a queimadura com as mãos, não furar as bolhas que surgem no machucado e nem aplicar produtos caseiros sem indicação médica, como creme dental, manteiga ou pó de café. Se houver poeira ou insetos no ambiente, é preciso também manter a região coberta com um pano limpo e úmido.
No entanto, as orientações valem apenas para acidentes leves. No caso de queimaduras em grandes extensões do corpo, causadas por substâncias químicas ou por eletricidade, a pasta afirma que a vítima deve procurar assistência médica urgentemente por ter uma maior gravidade.
O ministério destaca que o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece procedimentos, medicamentos, órteses, próteses, materiais especiais e exames necessários para esse tipo de acidente, além de contar com 48 estabelecimentos habilitados como Centros de Referência na Assistência a Queimados.