Candidato a deputado federal pelo Novo em Minas Gerais, o professor universitário Dennys Xavier tem feito campanha com base no mote de que “imposto é roubo”, e que sonegação fiscal –considerada crime– é um ato de “legítima defesa”. As duas expressões constam de seu material em redes sociais e são repetidas por ele em entrevistas.
Xavier é adepto da ideologia liberal, que defende um Estado mínimo, e se define como um defensor radical da liberdade.
“Uma das coisas fundamentais para a gente mudar a política brasileira é começar a chamar as coisas pelos nomes que elas devem ter. O que diferencia o roubo de uma contribuição? A ausência de consentimento. Imposto você é obrigado a pagar, independentemente de aceitar ou não”, diz ele, que é professor de filosofia da Universidade Federal de Uberlândia e ex-coordenador da assessoria do Novo na Câmara dos Deputados.
Para o candidato, a sonegação é um movimento natural de quem é “pilhado” pelo Estado, da mesma forma que alguém tenta esconder um objeto de valor de um assaltante.
“Não sejamos hipócritas, qualquer pessoa que tem algum grau de sanidade nesse país tenta escapar das garras do Estado. Quando digo que sonegar é legítima defesa, é como encontrar qualquer ladrão de rua”, afirma.
Isso se agrava, argumenta, com o mau uso do dinheiro dos impostos. “Quando você observa a quantidade de impostos que alguém paga no Brasil e a farra que é Brasília, isso sim me preocupa”.
O candidato diz não temer sofrer algum tipo de sanção legal ou processo por ver de modo favorável a sonegação, que prevê pena de seis meses a dois anos de prisão. “Isso faz parte do jogo, estou basicamente defendendo as minhas ideias”, afirma.