A gasolina nos postos brasileiros subiu pela segunda semana seguida, interrompendo um ciclo de queda que durou 15 semanas consecutivas. A alta foi de 0,4%, para R$ 4,88 por litro, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). Desde junho, com os cortes dos impostos federais e estaduais aprovados pelo Congresso, o preço não chegava aos R$5.
A alta ocorre às vésperas do segundo turno das eleições e reflete aumentos na Refinaria de Mataripe, o maior produtor privado de combustíveis do país, e na cotação do etanol anidro, que representa 27% da mistura vendida nos postos, segundo o Jornal folha de São Paulo.
Os estados que estão com preço médio acima de R$ 5 por litro, segundo a ANP, são Bahia, Rio Grande do Norte, Acre, Tocantins, Amazonas, Piauí, Rondônia, Alagoas e Sergipe. A mais cara foi encontrada em São Paulo, a R$ 6,99, assim como a mais barata, a R$ 4,15.
O preço do etanol hidratado também seguiu em alta, fechando a semana a R$ 3,54 por litro, aumento de 2,3% em relação ao verificado na semana anterior. É a terceira semana consecutiva de elevação, acompanhando os preços nas usinas.
Ainda de acordo com a ANP, o óleo diesel foi vendido, em média, a R$ 6,59 por litro, registrando uma alta de 1,2% no comparativo com a semana anterior. Esse foi o primeiro aumento após 16 semanas de queda.
Vale lembrar que a Petrobras não mexe no preço do diesel desde o último dia 19, quando houve corte de 5,8%. Já a gasolina está sem ajuste desde o início de setembro, quando a estatal promoveu redução média de 7%.
Apesar das elevadas defasagens em relação às cotações internacionais, a Petrobras vem cedendo à pressão do governo para segurar seus preços ao menos até a votação do próximo dia 30.