O governador Rui Costa se reuniu nesta quinta-feira (3) com o governador eleito do estado Jerônimo Rodrigues e o vice Geraldo Júnior, para tratar do processo de transição de governo. O encontro ocorreu na sede da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).
De acordo com Rui Costa, uma comissão será formada para realizar o levantamento das informações, dados, e fazer sugestões de possíveis mudanças na estrutura de governo.
“O objetivo de hoje foi conversar sobre a transição, conforme nós fizemos em 2014, do Wagner para o meu governo, e vamos com Jerônimo, nomeando uma comissão para que faça um levantamento das informações, dos dados, e eventualmente, se necessário for, conforme a decisão do governador eleito, enviar eventualmente Projeto de Lei ajustando alguma coisa da estrutura do estado, como eu fiz em 2014. Se o novo governador achar necessário, eu enviarei o projeto e trabalharei para sua aprovação, e essa comissão fará levantamentos, estudos, e com certeza apresentará ao governador eleito, as eventuais sugestões, e ele vai analisar os nomes que comporão o governo. Quero só reafirmar toda e absoluta ajuda no que for necessário, será dado ao novo governador eleito para a transição e ele possa iniciar a todo vapor já no dia 2 de janeiro, após a posse com os projetos, o andamento, mantendo o ritmo acelerado”, afirmou o governador.
O governador eleito Jerônimo Rodrigues destacou que o grupo tem um programa de governo já definido e que irá traduzir para a gestão.
“Nós temos um programa de governo que orientou toda a campanha e pré-campanha, e nesta fase agora é traduzir o programa de governo em um desenho de intervenção no governo do estado. Nós temos uma pauta que orienta todo o nosso governo pelos próximos 4 anos. Nós estamos neste momento em reunião permanente com o governador Rui Costa, que designou uma comissão, para que junto com a nossa comissão, possa estabelecer quais são as mudanças na estrutura de governo que precisarão ainda ser feitas, nós não temos ainda a definição, temos que ter pelo menos nos próximos dez dias quais serão, se vamos criar secretarias, adequar alguma, mas também em relação ao governo federal, aquelas políticas que o Lula trouxer com maior força, vamos ter que ter um equivalente na Bahia para poder também dialogar, por exemplo, no combate à fome, povos originários, fortalecendo a ação cultural e turística, então esse é o momento.”
Ele ressaltou que ainda não sabe quais os nomes que irão compor o secretariado.
“Nos próximos 10 dias, eu não tenho a expectativa de falar nome, e o que sair sobre isso é especulação. Vão haver sim mudanças, é um novo governo, mas não vou falar de pastas agora, porque preciso saber quais as ações mais estratégicas. Por conta inclusive, de termos quatro mandatos dos partidos aliados, a gente precisa dar uma oxigenada, avançar nas secretarias, nas equipes.”
Jerônimo Rodrigues prometeu ainda que buscará uma boa relação com o Legislativo.
“Eu valorizo demais, e quem está ao meu lado sendo vice é um parlamentar do legislativo. E a gente sabe da importância entre o executivo e o legislativo, não o estadual, mas vamos estabelecer um contato, uma ponte firme com os senadores, que temos três senadores e vou trabalhar fortemente com eles. Então da mesma forma a gente valoriza a Assembleia, hoje temos uma relação muito boa com o presidente Adolfo Menezes. Nós vamos aguardar a autonomia da Assembleia para dirigir os seus rumos, vamos aguardar e no que for preciso para a gente poder ajudar e consolidar a nossa bancada com uma força maior, para aprovar projetos que a Bahia precisam.”
O governador eleito disse também que já enviou um ofício a Rui Costa, para designar um orçamento para a montagem da equipe de transição.
“Nós recomendamos em um ofício ao atual Rui Costa, temos que oficializar isso, porque será publicado um decreto de comissão de transição e isso requer inclusive orçamento para mobilização, transporte, carros para as pessoas que estão se responsabilizando pela transição,nós vamos indicar uma quantidade. A comissão em 2014 girou em torno de 10 pessoas, sendo cinco do atual governador e cinco do eleito. E sobre a coordenação seremos eu e Geraldo Júnior.”
Conforme o vice-governador eleito Geraldo Júnior, ele tem como missão servir e se colocou ao lado de Jerônimo para o que for necessário.
“Eu falei reiteradas vezes que minha missão sempre foi servir. Tomei uma decisão partidária de estar ao lado de Jerônimo nesta trajetória, conquistei um amigo irmão. Nós vamos governar a Bahia, e ele me fez um convite muito especial para que eu acompanhe o processo de transição, ao lado dele, e ele sabe que a missão que ele designar, eu estarei ao lado dele, além da condição de vice-governador. E essa é uma relação que vamos estabelecer. E o que fico feliz é de Jerônimo dizer ao público da relação que terá com a Assembleia Legislativa. Fui quatro vezes vereador, e eu entendo que temos que respeitar a autonomia dos poderes, vamos respeitar a Assembleia Legislativa, vamos ter uma relação com os deputados federais, senadores, porque eu falei durante toda a campanha que a governadoria seria uma caixa de ressonância, uma ouvidoria.”