Preço médio do etanol sobe pela 4ª semana seguida nos postos de combustíveis e gás de cozinha tem aumento em 17 estados

O preço médio do litro do etanol nos postos de combustíveis do país subiu pela 4ª semana consecutiva, mostram dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgados nesta segunda-feira (8). A pesquisa é referente à semana de 30 de abril a 6 de maio.

O valor representa um aumento de 1,21% frente aos R$ 4,10 da semana anterior, segundo os dados da ANP.

O preço máximo do combustível encontrado nos postos foi de R$ 6,50.

A alta foi de 0,18% em relação aos R$ 5,51 da semana anterior.

O preço mais alto identificado pela ANP foi de R$ 7,35.

 Diesel: Já o litro do diesel engatou o 13º recuo seguido: foi de R$ 5,71 para R$ 5,65.

A queda no preço do combustível foi de 1,05%.

O valor mais caro encontrado pela agência na semana foi de R$ 7,69.

 Contexto: Os resultados foram contabilizados pela ANP dois meses após a retomada de impostos federais sobre gasolina e etanol — a medida passou a valer em 1º de março.

Desde então, o preço médio da gasolina nos postos acumula um aumento de 5,14%. Já o etanol tem alta de 6,95%.

O diesel, que segue com isenção de impostos federais até o fim de 2023 — e não foi impactado pela medida —, tem queda acumulada de 4,72%, impactada também pelas reduções dos preços praticados pela Petrobras às distribuidoras.

Redução no preço do diesel

A Petrobras anunciou, no último dia 28 de abril, uma nova redução no preço do combustível para as distribuidoras. O valor passou de R$ 3,84 para R$ 3,46 por litro, uma queda de R$ 0,38 ou 9,9%, a partir de 29 de abril.

“A redução do preço da Petrobras tem como objetivos principais a manutenção da competitividade dos preços da companhia frente às principais alternativas de suprimento dos seus clientes e a participação de mercado necessária para a otimização dos ativos de refino”, disse, em nota, a empresa.

Mesmo em meio às dúvidas sobre uma possível mudança na política de preços da estatal, a Petrobras ainda baliza os valores com base no câmbio e nas flutuações do preço do barril de petróleo no mercado internacional.

Além dos impostos, o preço dos combustíveis é formado pelo lucro de distribuidoras e de revendedoras, junto com o valor cobrado pela Petrobras nas refinarias. Nos últimos meses, essa equação tem trazido para baixo o preço do diesel.

A última redução para o combustível havia sido anunciada pela Petrobras no dia 22 de março. Na ocasião, o valor passou de R$ 4,02 para R$ 3,84 por litro, uma redução de R$ 0,18 ou 4,47%

GLP

O gás de cozinha (GLP) teve alta em 17 estados e no Distrito Federal, depois da unificação das alíquotas de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que começou a valer no dia 1º de maio.

Foto: Reprodução/JN

O resultado está presente nos levantamentos semanais de preços de combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O percentual definido, de R$ 16,60, ficou maior do que o cobrado na maior parte das Unidades da Federação. Na média nacional, o botijão de 13 kg de gás de cozinha passou de R$ 107,54 para R$ 108,13.

O estado de Sergipe teve o maior aumento nominal nesta semana, de R$ 5,17 por botijão. Em seguida vêm Amapá (R$ 3,23) e Pernambuco (R$ 1,47). Na Bahia, o aumento foi de R$ 0,26. Dos estados que tiveram redução de preço, o Rio Grande do Norte teve a maior, com queda de R$ 0,69.

ICMS fixo

Antes, o ICMS sobre o gás de cozinha era cobrado em valores percentuais, que variava de estado para estado. Agora, passa a ser fixo.

A fixação de uma alíquota única para combustíveis estava prevista como parte de acordo fechado entre Estados, Distrito Federal e União, homologado no fim do ano passado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em busca de dar fim a um impasse acerca do tributo — era possível comprar o combustível em um estado com impostos mais baixos para revendê-lo em outro.

A alíquota faz parte de uma lei aprovada no ano passado, durante o governo do então presidente Jair Bolsonaro, que limitou o percentual do ICMS a ser cobrado pelos Estados sobre os setores de combustíveis, gás, energia, comunicações e transporte coletivo.

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