A entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza foi autorizada neste sábado (21), segundo autoridades palestinas. Cerca de 100 caminhões com mantimentos aguardam na passagem de Rafah, na fronteira com o Egito. No entanto, apenas 20 veículos devem cruzar o corredor de ajuda e entrar no território.
A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém anunciou que a passagem seria aberta por volta das 10h, pelo horário local — 4h, em Brasília. Pouco depois deste horário, emissoras de TV do Egito começaram a exibir imagens de caminhões atravessando a fronteira.
Ainda segundo a embaixada norte-americana, a passagem de estrangeiros de Gaza para o Egito também deve ser autorizada.
“Não sabemos quanto tempo a fronteira permanecerá aberta para a saída de cidadãos estrangeiros de Gaza”, escreveu em comunicado, acrescentando que os cidadãos dos Estados Unidos que tentarem entrar no Egito por Rafah devem encontrar um ambiente “caótico e desordenado”.
Em relação à passagem de ajuda humanitária, inicialmente o governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza.
No entanto, apelos da comunidade internacional e, principalmente, um encontro com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Tel Aviv, convenceram Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a autorizar o envio de ajuda humanitária para o território.
Um porta-voz da Presidência egípcia disse na quarta-feira (19) que estava coordenando, junto com os norte-americanos e com organizações humanitárias internacionais sob a supervisão da ONU, uma forma de garantir a chegada de ajuda.
Num comunicado, o gabinete de Netanyahu afirmou que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os fornecimentos não cheguem ao Hamas. Não houve menção a combustível, que é essencial para abastecer os geradores dos hospitais locais.
“O combustível também é necessário para geradores hospitalares, ambulâncias e usinas de dessalinização – e instamos Israel a adicionar combustível aos suprimentos vitais autorizados a entrar em Gaza”, disse o diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em coletiva de imprensa.