Uma criança de 11 anos deu entrada em um hospital público de Formosa, no entorno do Distrito Federal, com grave infecção no estômago após comer uma lagartixa morta. A internação ocorreu no sábado (11), seis dias após o menino ter sido ‘obrigado’ pela madrasta a engolir o animal. As informações são do Metrópoles.
A mãe da criança informou que tudo aconteceu durante o fim de semana de 4 e 5 de novembro, data em que o menino ficou na casa do pai. Segundo a mulher, a madrasta do seu filho e a atual sogra do seu ex-marido mataram a lagartixa e obrigaram o garoto a comer o bicho.
“Elas contaram ao meu filho que tinham o costume de comer lagartixas no passado e que nada aconteceu. Então, mataram uma [lagartixa] e o obrigaram a comer. Isso no domingo (5). No dia seguinte, meu menino começou a passar muito mal. Foi aí que ele contou para a minha avó o que tinha acontecido. Ele perguntou se ela [avó] já havia comido lagarto e disse que desde que ingeriu um, começou a passar muito mal”, declarou a mãe da criança.
Segundo a mulher, a informação passada pelo filho foi confirmada pelo pai do menino em conversas no WhatsApp. Nos diálogos, o homem contou que não estava no momento em que o caso aconteceu. Ele havia saído e deixado a criança sob cuidados da companheira e da atual sogra.
De acordo com o Metrópoles, a mãe narrou que o resultado da ‘irresponsabilidade da dupla’ causou ‘vômitos incessantes na criança’ ao longo da semana, motivo pelo qual a família procurou uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Após a consulta, no entanto, a família foi ‘mandada’ de volta para casa. O mesmo comportamento das equipes da saúde se repetiu uma segunda vez.
Com piora significativa do garoto, a mãe insistiu em um atendimento, dessa vez, em um hospital. Lá, a criança foi diagnosticada com grave infecção intestinal e precisou ser internada, em estado grave.
Conforme relatado pela genitora, o menino passou por acompanhamento, exames e procedimentos que impediram uma piora no quadro.
Diante da negligência da madrasta e da mãe dela, um boletim de ocorrência foi registrado. A 2ª Delegacia de Polícia de Formosa investiga o caso. Se condenada, a dupla responderá no âmbito do artigo 132 do Código Penal, que diz respeito a expor a vida ou a saúde de alguém a perigo direto e iminente. A pena chega a 1 ano de prisão se o fato não constituir crime mais grave.