Licores da agricultura familiar ampliam vendas durante o São João da Bahia

Foto: André Frutuoso/CAR

 

Milho, amendoim, bolos, laranja e muitas outras comidas típicas estão presentes na mesa de baianos e baianas neste São João.  Além das tradicionais comidas típicas e danças folclóricas, uma tradição que ganha destaque é a produção artesanal de licores pela agricultura familiar, que dão um toque a mais de sabor e qualidade nos festejos juninos da capital e do interior da Bahia.

Diretamente de Juazeiro, os licores Aromas da Caatinga, da Cooperativa Agropecuária Familiar de Massaroca e Região (Coofama), produzidos por mulheres da comunidade Curral Novo e Jacaré, têm como diferencial o umbu e tamarindo, frutas cultivadas de forma sustentável.

Fotos: Rildo Remígio

“São mais de 10 anos de produção e, a cada ano, a produção é maior. Agora em 2024, estamos produzindo na unidade de beneficiamento de frutas até em dia de domingo para cumprir as encomendas. Nós vendemos os licores o ano inteiro, mas no São João, é tudo multiplicado”, celebrou a agricultora Clarice Evangelista. A unidade de beneficiamento de frutas foi construída por meio do projeto Pró-Semiárido, executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), empresa pública vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), com cofinanciamento do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (Fida).

Já no Sul do estado, o destaque é a produção do licor de mel de cacau da Cooperativa da Agricultura Familiar e Economia Solidaria da Bacia do Rio Salgado e Adjacências (COOPFESBA), da marca Bahia Cacau. “Fazemos a produção dos licores de pimenta, jenipapo, maracujá, gengibre, mas o licor de mel de cacau é o mais procurado. A venda é o ano inteiro, mas neste São João, a nossa expectativa é de aumento de 50%”, comentou o presidente da Coopfesba, Osaná Crisóstomo.

Foto: Divulgação/Bahia Cacau

Licores de umbu, maracujá, maracujá-da-caatinga, jabuticaba, abacaxi e licuri. A diversidade marca a produção dos Licores Monte Sabores, produzidos pela Associação Comunitária dos Agricultores Familiares de Tapera, em Monte Santo. Segundo a agricultora Maria Cleonice dos Santos, os mercados da região já conhecem a qualidade desses licores. “O diferencial dos nossos licores é que eles são produzidos a partir das frutas nativas da região. Então, a nossa alegria é grande por estar comercializando esses licores pela Bahia”, disse Cleonice.

Em Bom Jesus da Lapa, a Casa do Licor Formoso – Sítio Santa Rita já é reconhecido como tradicional na região. A produção é da agricultora Rita Teixeira, da Associação das Mulheres Campesinas de Serra do Ramalho e Região. Além do sabor dos licores de banana, pimenta, hibisco e rapadura, Rita destaca que agrega valor ao produto com o artesanato da fibra de bananeira. “Os licores são sem conservantes, produção própria e ainda faço capas e caixinhas para eles com a fibra de bananeira”, comenta Rita.

Geraldo Carvalho/ Ascom CAR

Esses e outros licores podem ser encontrados no Empório da Agricultura Familiar, no Mercado do Rio Vermelho, em Salvador e em outros espaços de comercialização da agricultura familiar pela Bahia.

Divulgação/Monte Sabores

Fonte: Ascom/CAR

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