Um dos alvos da PF é o ex-juiz eleitoral Rui Barata Filho
A Operação Patronos, deflagrada na terça-feira (9) pela Polícia Federal, teve como alvos dois advogados de relevância na Bahia. A investigação apura a participação dos juristas Rui Barata Filho e Ailton Barbosa de Assis Júnior em um esquema que envolve a negociação de decisões judiciais no Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).
Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão em Salvador, Mata de São João e Serrinha, além de outras medidas cautelares diversas, com a participação de 28 policiais federais. Assis Júnior compôs a lista tríplice para a vaga de juiz efetivo do Tribunal Regional Eleitoral da Advocacia (TRE-BA), em 2019. Outro alvo da PF foi o ex-juiz eleitoral Rui Barata Filho. Ele é filho da desembargadora Lígia Cunha.
Barata Filho chegou a ser citado em uma gravação de uma conversa do advogado Júlio Cesar Cavalcanti, delator da Faroeste e o filho da desembargadora do TJ-BA Sandra Inês Rusciolelli, na 5ª fase da força-tarefa. Ele é acusado de envolvimento no esquema de corrupção que envolve a disputa judicial de mais de 300 mil hectares de terra no oeste baiano.
Assis Júnior já compôs lista tríplice para a vaga de juiz efetivo TRE-BA em 2019 |
Segundo a PF, a investigação deriva dos fatos apurados da Operação Faroeste, quando se descortinou a existência de várias organizações criminosas atuando naquele Tribunal, integradas por magistrados, servidores, advogados e empresários.
Em 14 de setembro do ano passado e 1º de julho deste ano, foram deflagradas as fases I e II da Operação Patronos, quando também foram cumpridos mandados de busca e apreensão nos endereços dos investigados, além da determinação de medidas cautelares de constrição patrimonial.