Em entrevista à coluna de Lauro Jardim, do Globo, o ministro do STF disse, sob anonimato, descarta a narrativa de que Corte não teria “coragem” para mandar prender Bolsonaro. No entanto, uma eventual prisão do ex-presidente só ocorreria após uma “eventual condenação”.
“Essa tese de que não temos coragem de mandá-lo prender é do pessoal do Bolsonaro e de alguns outros no meio político. Em parte, têm razão em relação a mandá-lo prender agora. Prisão, se for o caso, só depois de uma eventual condenação do Bolsonaro. Prisão agora, só em casos muito fortes, excepcionais, em que a lei determina”, disse o ministro.
Ao ser questionado se já existem elementos para se pedir uma prisão contra Bolsonaro, o membro da Suprema Corte respondeu: “No STF, nós não antecipamos problemas.”
Polícia Federal (PF) indiciou Bolsonaro pelos crimes de associação criminosa, lavagem de dinheiro e apropriação de bens públicos no inquérito das joias sauditas.
Em nota, a PF afirmou que “há fortes indícios de que os investigados usaram a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial entregues por autoridades estrangeiras ao Presidente da República (…) com o intuito de gerar o enriquecimento ilícito do ex-presidente Jair Bolsonaro”.
O ex-presidente também pode ser indiciado em outro caso, o que investiga a uma suposta falsificação de sua carteira de vacina contra a Covic-19.
BNews