Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O comércio brasileiro deve movimentar R$ 69,75 bilhões neste Natal, com um aumento real de 1,3% nas vendas, já descontada a inflação. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) prevê a criação de 98,1 mil vagas temporárias e destaca que a Bahia terá um crescimento de 3,6%, superando a média nacional. No entanto, o faturamento de 2024 ainda ficará abaixo do registrado em 2019, período pré-pandemia, quando foi de R$ 73,74 bilhões.
Supermercados continuam como os maiores responsáveis pelas vendas, com 45% da movimentação, seguidos por lojas de vestuário e calçados (28,8%) e artigos de uso pessoal e doméstico (11,7%).
José Roberto Tadros, presidente da CNC, explica que, apesar do crescimento, o impacto do aperto monetário promovido pelo Banco Central resultou em um aumento mais moderado nas vendas em comparação ao ano passado, quando o crescimento foi de 5,6%.
Em dezembro, as vendas no varejo aumentam em média 25%, com o setor de vestuário registrando um crescimento de até 80%, principalmente devido às trocas de presentes. Fabio Bentes, economista-chefe da CNC, destaca que supermercados e lojas de vestuário devem responder por 75% das vendas de Natal, com destaque para os alimentos, essenciais para a ceia natalina.
O bom momento do mercado de trabalho, com a queda do desemprego e o aumento da massa salarial, também ajuda a gerar otimismo. “O vestuário é um setor acessível a todas as faixas de renda, o que deve garantir o crescimento das vendas este ano”, afirma Bentes.
A previsão é de que os preços subam, em média, 5,8% neste fim de ano, com destaque para livros, produtos de cuidados pessoais e alimentos. Por outro lado, itens como bicicletas, celulares e brinquedos devem registrar queda nos preços.
N.S