Prefeito de Riachão do Jacuípe sanciona lei de super salários para os cargos dos primeiros escalões

Prefeito de Riachão do Jacuípe sanciona lei de super salários para os cargos dos primeiros escalões

Cargos inferiores, de acordo com o organograma, com reajuste baixo

 

A publicação da Lei 1.114 de 22 de janeiro de 2025, sancionada pelo prefeito de Riachão do Jacuípe, Carlos Matos, deixou a população do município intrigada. Em meio a uma situação de austeridade e crise financeira, o gestor enviou para a Câmara de Vereadores o projeto de Lei que institui a nova estrutura organizacional e administrativa da Prefeitura.

A Lei trás um grande aumento nos vencimentos dos cargos comissionados e de confiança do prefeito, mas, somente nos primeiros escalões. Como já era previsto em lei anterior, os salários dos secretários se igualaram aos de vereadores. A partir de agora, secretários municipais passarão a ganhar R$ 9.900,00.

O grande aumento, que passa de 50%, causa espanto quando o assunto são subsecretários, tesoureiro, superintendentes, procurador, subprourador, controlador e subcontrolador.

A procuradora, a controladora e a tesoureira, que foram renomeadas nesta quinta-feira, 23 de janeiro, passam a ganhar R$ 8.900,00 (o valor antigo era de R$ 4.000,00), podendo ser acrescido ainda, gratificação de até 100% do valor base. A subprocuradora e o subcontrolador, passarão a ter vencimentos de R$ 5.000,00 (recebiam R$ 2.100,00).

Os subsecretários e superintendentes tiveram salários reajustados também, e agora terão vencimentos no valor de R$ 6.700,00 (era R$ 3.500,00). A lista de grandes reajustes seguem com: assessor técnico R$ 6.400,00 (era R$ 3.000,00); supervisor de projetos de engenharia R$ 6.000,00 (era R$ 2.500,00); assessor técnico de engenharia R$ 4.000,00; e pregoeiro R$ 4.000,00 (eram R$ 2.000,00).

Os demais cargos, inferiores, do ponto de vista organizacional, tiveram reajustes irrisórios. Os diretores de departamento saíram de R$ 1.500,00 para R$ 1.900,00. Os chefes de departamento, não tiveram reajuste pela nova lei. Continuam recebendo apenas um salário mínimo, que foi reajustado o valor pelo Governo Federal.

O que também causa dúvida, é de como o poder executivo, que tem minoria na Câmara, conseguiu aprovar esse projeto com unânimidade de votos dos presente e em tempo recorde, considerando o recesso parlamentar. Ou os vereadores caíram no encanto da sereia e não observaram os valores, ou foram coniventes com a situação.

A gestão, que é de continuidade, terminou o mandato anterior, com o discurso de dificuldade, demitindo praticamente todos os funcionários comissionados e tercerizados e com pendências financeiras com fornecedores. Com esse aumento exponencial da folha salarial dos cargos, como deve ficar a situação financeira do município? Fica a pergunta.

Fonte: Central de Politica

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