Advogado “pombo-correio” é preso em Serrinha

Um advogado foi preso em flagrante, nesta quarta-feira (21), no Conjunto Penal de Serrinha, acusado de tentar entrar na unidade com drogas e cartas de criminosos. A prisão ocorreu durante atendimento a um cliente do advogado. A Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (Seap) informou a ocorrência.

De acordo com as investigações, a suspeita é de que o advogado Alexandre Laranjeira da Silva Santos atuava como “pombo-correio“, transportando correspondências entre detentos de diferentes presídios da Bahia, facilitando a comunicação de uma organização criminosa.

As drogas estavam escondidas dentro da bota do advogado. Ele foi flagrado pelos agentes penitenciários no momento da tentativa de entrega dos entorpecentes e das cartas. A Seap não divulgou a quantidade ou o tipo de droga apreendida.

O advogado e o material apreendido foram levados para a Delegacia de Serrinha. O suspeito foi autuado em flagrante e serão realizados os procedimentos legais cabíveis.

Processos por tráfico de drogas – Laranjeira já foi detido anteriormente por portar maconha e também responde a outros cinco processos por tráfico de drogas. As informações são do Ministério Público da Bahia (MPBA).

Em 2020, ele foi flagrado e preso por estar com 20 quilos de maconha na cidade Camaçari. Na ocasião, de acordo com o MPBA, a Justiça acatou parecer apresentado pelo órgão no Plantão Judiciário e converteu a prisão em flagrante para preventiva.

Na época, o promotor de Justiça Pablo Almeida, justificou que foram identificadas provas fartas da materialidade dos crimes e indícios suficientes da autoria – o que, juntamente com o risco à ordem pública, justificou a prisão preventiva de Laranjeiras.

Ainda no parecer, o promotor de Justiça também lembrou que o advogado já respondia a outros cinco processos por tráfico de drogas, sendo que, em apenas uma das oportunidades, Alexandre foi preso com 100 quilos de maconha.

As investigações seguem para apurar a extensão da suposta atuação do advogado como “pombo-correio“. A Polícia Civil apura participação do advogado no esquema de comunicação entre os presos e a possível ligação com o crime organizado. Fonte: Cleristonsilva.com

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